Uma viagem no tempo
Durante milhões de anos, a planície do Vale do Paraíba foi um imenso lago raso.
Quando estiver passeando pelo Quiririm, ou pela rodovia Floriano Peixoto, ou na Dutra repare a planície que acompanha o pé da serra da Mantiqueira por muitos quilômetros. Você está vendo a planície do fundo do antigo lago.
Há 23 milhões de anos, vivia à beira desse lago uma ave de grande porte, a Paraphysornis brasiliensis.
Você pode conhecê-la “pessoalmente” no Museu de História Natural de Taubaté, fundado pelo Dr. Herculano Alvarenga, pesquisador que descobriu o fóssil e o batizou.
O trabalho de reconstituição e estudo do esqueleto encontrado, quase completo, na argila sedimentada no fundo do lago, na região do município de Tremembé, revelou uma ave com cerca de 2,80m de altura, com hábitos carnívoros, que viveu em todo o sudeste brasileiro. Tinha asas curtas que não permitia que voasse. Vivia à beira do lago onde se alimentava de peixes e outros animais.
Após o trabalho do Dr. Herculano, o Paraphysornis ganhou notoriedade na comunidade científica. Várias réplicas da ave foram feitas e permutadas com diversos museu do mundo.
Ao mesmo tempo que recebia réplicas de fósseis vindos dos quatro cantos do planeta, o Dr. Herculano continuava suas pesquisas paleontológicas no Vale, em outras regiões do Brasil e no exterior.
Isso tudo acabou formando um acervo muito rico que não cabia mais na casa do Dr. Herculano.
Foi então que ele decidiu criar, com o apoio da Prefeitura de Taubaté, o Museu de História Natural de Taubaté. O Paraphysornis foi o grande motivador dessa epopéia e por isso tornou-se o símbolo do Museu em um desenho criado por Marcos Sachs.
O mascote do Museu ganhou o apelido de Fisó.
Serviço
O Museu fica aberto de terça a sexta, das 9h30 às 17h; sábado e domingo, das 11h às 17h.
Mais informações: https://www.museuhistorianatural.com.br/comovisitar